domingo, 3 de maio de 2020

A Borboleta e a Flor



 Abro espaço hoje no blog para uma ex-aluna, que me enviou essa singela crônica, quase fábula.

por Cíntia Souza

Certo dia, percorrendo pelo jardim de minha casa, em uma arbusto, observei uma borboleta parada defronte a uma bela flor. Essa, por sinal, possuía um aroma especial e inigualável. Pude observar que, enquanto a borboleta voava sob a flor, a mesma soltava uma espécie de pó que preenchia o ar de perfume.
Persisti em observar aquele elã sublime e me dei conta de quão lindo seria se aproveitássemos a beleza das coisas, das pessoas, e desistíssemos de procurar razões que não exprimam a verdade daquilo que realmente queremos.
Em minha reflexão repentina, pude sentir o quanto aquela borboleta admirava a bela flor, o tanto que era apaixonada, e como se contentou em apenas senti-la, de forma que ficavam mais próximas a cada momento pelo embalo das pétalas à brisa e pelo perfume no ar.
Contudo, também pude observar que a bela flor também se beneficiara das cores magníficas da borboleta, do misto de amor que ela emanava enquanto a sobrevoava.
A borboleta, por sua vez, agradecida pelo carinho da flor, ofertou-lhe aquilo que viria, em breve, fazê-la tornar-se sua amiga inseparável: um belo ovinho, depositado em sua folha.
Peguei-me a pensar que, mesmo que estejamos encantados sobre algum assunto, objeto ou pessoa, nada mais é do que para garantir uma estabilidade ou ganho pessoal. Ainda bem que, ao final, ambos saíram satisfeitos.

2 comentários:

  1. Serei sua eterna aluna.Obrigada mais uma vez

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  2. Fantástica, nada é de graça. De uma singeleza mordaz. Parabéns, Cíntia!

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